Importantes são as decisões na vida do homem, aquelas de cunho transformador, às vezes inevitáveis. Podem, sem que ele perceba, a principio, abalar a estrutura do que constrói. Nem sempre é possivel calcular acertadamente os riscos inerentes e, principalmente, os imprevistos. Contudo, o homem não pode interromper seus passos adiante, sempre necessários e contínuos. Precisa se mover. Ele tem ideia da sua necessidade de mudança pois consegue percebê-la no mundo que o cerca. Ainda que não possa mensurar a sua medida e o seu alcance, o avanço, a evolução, a adaptação e o aprimoramento estão escritos em sua vida desde o momento da sua concepção. Percebe que a solidez pode permanecer, apesar das quedas, dos erros. Pois da queda ele se ergue, ganha forças, nos erros, aprende.
Ele caminha e faz escolhas. Ainda que num primeiro instante certas decisões possam parecer um pequeno desvio, mais adiante se revelarão uma correção de rota para a direção de seus objetivos, para aquilo que a própria vida definiu antecipadamente como o mais importante.
Seu caminho não é uma estrada reta e larga, mas é uma estrada estreita, acidentada e sinuosa, emaranhada de trilhas e cruzamentos que podem levar os desavisados a lugar nenhum. Mas esses só se perdem porque são distraidos e não se importam com nada ou não percebem os próprios passos e não querem olhar em torno.
O homem que se mantem no caminho certo, atenta para os sinais na estrada. Eles estão por todos os lados para auxilia-lo e mante-lo seguro.
Seguro, mas não totalmente, mas não imune. E é bom que ele lembre sempre disso, pois no final, quase sempre, é a sua disposição que definirá o seu destino.
Decidir, é algo tao dificil. Sim, abalam estruturas, destroi construções e alicerçam novos pilares. Riscos, invejo os corajosos.
ResponderExcluirE receio mudanças bruscas... Não deveria ser assim.
Seria mais simples se tudo fosse parte de um destino. Mas as escolhas batem a porta a cada manhã, exigindo um posição, um apontamento, uma decisão. Não é fácil ser humano, ser racional. Ponderar e ter de escolher.
Por vezes, meu desejo fôra de esconder-me;pra nao mais me ferir, não mais me expor, nao mais correr o risco. Mas a vida nos expõe, cobra seu preço, o preço da existência.
Sem segurança, sem imunidade...
Vivia outrora sob as paredes de uma bolha... Distante da realidade que a vida expõe diante dos olhos todos os dias. Com tal realidade não me envolvia e guardar a devida distância era a minha segurança.
ResponderExcluirAs paredes da bolha, eram como um idílio. Minha segurança estava em não me expor, ignorando minhas falhas, meus defeitos, evitando a projeção da imagem da minha pequenez, que escondia de mim mesmo sem perceber.
Não sem esforço libertei-me da bolha, e me expus, imcompreendido por alguns... Entendo suas razões.
Mas prefiro ferir-me e que a vida cobre o seu preço... Escolho sofrer a minha fragilidade inerente.
Assim, identifico-me com a dor imposta na existência de muitos sentindo a sua dor e, quem sabe, compreendendo o que é ser humano...
Quem sabe, um apoio na simples compreensão isenta de acusação e julgamento, dos quais, compreendo, não sou insento.
Talvez esse seja outro idílio... Prefiro pensar que não.
Conta-se que um Deus imortal decidiu, certa feita, negar a sua imunidade por amor. Libertou-se de sua bolha divina para se expor e experenciar a dor da existência humana. Sua própria existência entre nós foi navegar contra a corrente e identificar-se com os desfavorecidos, os pecadores. O preço cobrado? A morte.
Mas a sua morte trouxe o alvorecer e gerou vida e esperança para toda a existência humana após Ele.