Lendo o romance 'As Correções', de Jonathan Franzen, ocorreu-me como
esse autor consegue extrair profundas impressões dos seus personagens
nas mais triviais e muitas vezes banais situações, regadas com
diálogos simplórios e observações divagadoras. Para o leitor acostumado a
textos menos descritivos ou filosoficamente mais densos, é provavel que
a leitura de seus romances seja avaliada negativamente, chegando ao
ponto de determinados parágrafos cairem no conceito da pura embromação
sem muito sentido e destituidos de conteúdo importante para a trama. De
fato, existem certos aspectos maçantes no decorrer do texto, uma certa
demora dedicada a detalhes e situações morosas, o que torna a leitura
cansativa com seus termos técnicos/explicativos e, por vezes, de difícil
leitura. A sua repetição pode causar a
imobilidade do leitor menos paciente e mais exigente.
'As Correções' é o segundo livro que leio do autor de 'Liberdade', e ambos se tornaram uma experiência e tanto. Sua leitura contribui para o conhecimento do ser como indivíduo, expandindo para a interação desse indivíduo com a sociedade. O mecanismo da máquina mental, seus bloqueios e anseios, problemas e paixões são considerados em seus personagens de uma maneira nua e crua. Chegam a se apresentar tão extraordinariamente comuns que é quase impossivel não se identificar com seus conflitos, que são os mesmos conflitos vividos por uma pessoa normal, no seu dia-a-dia. Todo o imbróglio dessa interação entre membros de uma mesma família, amigos ou amantes, são expostos em camadas individualmente reveladoras. Para o leitor atento, são reflexivas, e levantam uma crítica ao estilo de vida da nossa sociedade de consumo exacerbado.
Por que agimos como agimos em determinadas situações? Os personagens dos romances de Franzen tem as suas razões expostas grosseiramente às vezes, e sem censura, nas linhas que destrinchamos, o que pode levar o leitor a analisar-se e evidenciar para si mesmo suas próprias motivações e a daqueles que o cercam.
É a literatura como espelho da sua geração.
'As Correções' é o segundo livro que leio do autor de 'Liberdade', e ambos se tornaram uma experiência e tanto. Sua leitura contribui para o conhecimento do ser como indivíduo, expandindo para a interação desse indivíduo com a sociedade. O mecanismo da máquina mental, seus bloqueios e anseios, problemas e paixões são considerados em seus personagens de uma maneira nua e crua. Chegam a se apresentar tão extraordinariamente comuns que é quase impossivel não se identificar com seus conflitos, que são os mesmos conflitos vividos por uma pessoa normal, no seu dia-a-dia. Todo o imbróglio dessa interação entre membros de uma mesma família, amigos ou amantes, são expostos em camadas individualmente reveladoras. Para o leitor atento, são reflexivas, e levantam uma crítica ao estilo de vida da nossa sociedade de consumo exacerbado.
Por que agimos como agimos em determinadas situações? Os personagens dos romances de Franzen tem as suas razões expostas grosseiramente às vezes, e sem censura, nas linhas que destrinchamos, o que pode levar o leitor a analisar-se e evidenciar para si mesmo suas próprias motivações e a daqueles que o cercam.
É a literatura como espelho da sua geração.
AS CORREÇÕES
Autor: Jonathan Franzen
586 páginas
Editora: Companhia das Letras
Autor: Jonathan Franzen
586 páginas
Editora: Companhia das Letras