terça-feira, 28 de junho de 2011

Frágil

Li no blog do meu amigo Chabrol, que leu no perfil do Orkut da amiga dele, que plagiou do Quintana e que plagio aqui também, porque me tocou inexplicavelmente.

EPÍLOGO
Não, o melhor é não falares, não explicares coisa alguma. Tudo agora está suspenso. Nada aguenta mais nada. E sabe Deus o que é que desencadeia as catástrofes, o que é que derruba um castelo de cartas! Não se sabe... Umas vezes passa uma avalanche e não morre uma mosca...Outras vezes senta uma mosca e desaba uma cidade.

Mario Quintana


sábado, 25 de junho de 2011

Falling Skies

    Assisti ontem a nova teleserie Falling Skies, pela TNT. O começo foi interessante, embora estejam ali os ingredientes de outras obras da ficção pós-apocalíptica de invasão alienígena, já meio batidos. Os dois primeiros episódios localizam bem o espectador em meio à crise de um planeta Terra invadido por uma raça alienígena hostil, sem embromação. As motivações dos personagens, além do instinto de sobrevivencia, vão sendo mostradas aos poucos e, certamente, algumas subtramas que tem início aqui, ficarão mais evidentes nos próximos episódios. O que é de praxe, para manter o interesse. 

   Minha primeira impressão é que a estréia teve a intenção de impactar - com ótimos efeitos especiais para uma teleserie (Steven Spielberg é o produtor executivo) e muita ação  - por ser um tema já meio massificado, lembrando que o mercado cinematográfico trabalhou com o mesmo há pouco em Invasão do Mundo: A Batalha de L.A e Skyline, o primeiro a ser lançado e o segundo recentemente lançado em DVD aqui no Brasil, sem contar com a série V, da Warner. Considerando algumas diferenças desse último, o pano de fundo é o mesmo.
   Vale acompanhar a nova série na esperança de que fique mais interessante, com ênfase, espero, na tensão entre os protagonistas e vilões, caso contrário, se o roteiro basear-se apenas nos esforços da rebelião de encontrar um ponto fraco dos invasores para derrotá-los, ficaremos com mais um subproduto do gênero, com episódios de muita ação, cheio de clichês e pouca profundidade dramática. 

   Chamou-me a atenção o professor de História e guerrilheiro Tom Mason (sensatamente interpretado por Noah Wyle), com as suas teorias de guerrilha embasadas no seu conhecimento de estratégias de guerra históricos. Tom tem um de seus três filhos feito prisioneiro pelos invasores e alimenta a esperança de resgatá-lo.
   Em um dos diálogos com Tom, um dos protagonistas levanta uma questão acerca do design bípede dos invasores robóticos (foram mostradas duas classes de alienígenas, os skitters orgânicos com 6 pernas e os mechs, que são robôs de ataque).  Afinal, quando engenheiros humanos projetam robôs, eles o fazem obedecendo um layout semelhante ao do ser-humano, como que recriando um padrão físico coerente do próprio criador. No caso dos invasores, os criadores dos mechs não seguiram o mesmo princípio, possuindo eles 6 pernas por que projetaram robôs bípedes? A resposta pode estar relacionada a alguma surpresa a se revelar nos próximos episódios.

  O Canal TNT começou, no mês passado, a publicar um prelúdio para a série numa história em quadrinhos on line, como forma de promover o seu lançamento. Clique aqui e acompanhe o que já foi publicado.

  Semana que vem tem mais, veremos o que acontece...


quarta-feira, 22 de junho de 2011

Sensatez

Importantes são as decisões na vida do homem, aquelas de cunho transformador, às vezes inevitáveis. Podem, sem que ele perceba, a principio, abalar a estrutura do que constrói. Nem sempre é possivel calcular acertadamente os riscos inerentes e, principalmente, os imprevistos. Contudo, o homem não pode interromper seus passos adiante, sempre necessários e contínuos. Precisa se mover. Ele tem ideia da sua necessidade de mudança pois consegue percebê-la no mundo que o cerca. Ainda que não possa mensurar a sua medida e o seu alcance, o avanço, a evolução, a adaptação e o aprimoramento estão escritos em sua vida desde o momento da sua concepção. Percebe que a solidez pode permanecer, apesar das quedas, dos erros. Pois da queda ele se ergue, ganha forças, nos erros, aprende.
Ele caminha e faz escolhas. Ainda que num primeiro instante certas decisões possam parecer um pequeno desvio, mais adiante se revelarão uma correção de rota para a direção de seus objetivos, para aquilo que a própria vida definiu antecipadamente como o mais importante. 
Seu caminho não é uma estrada reta e larga, mas é uma estrada estreita, acidentada e sinuosa, emaranhada de trilhas e cruzamentos que podem levar os desavisados a lugar nenhum. Mas esses só se perdem porque são distraidos e não se importam com nada ou não percebem os próprios passos e não querem olhar em torno. 
O homem que se mantem no caminho certo, atenta para os sinais na estrada. Eles estão por todos os lados para auxilia-lo e mante-lo seguro. 
Seguro, mas não totalmente, mas não imune. E é bom que ele lembre sempre disso, pois no final, quase sempre, é a sua disposição que definirá o seu destino.