Philip Yancey é um dos meus autores prediletos. Aprecio o seu estilo franco e questionador. Admiro, principalmente, o seu esforço para explorar e responder questões polêmicas que envolvem a fé cristã e que são, normalmente, evitadas por alguns líderes religiosos que preferem dar respostas insatisfatórias ou sair pela tangente, sem querer admitir a falibilidade de certos conceitos.
Neste livro Yancey procura traçar as bases de um verdadeiro relacionamento com Deus, pela fé. Escreve, principalmente, para aqueles que gradualmente a perdem - diluída nas dificuldades da vida e na crescente onda de dúvidas carentes de respostas. Pessoas que descrevem seu relacionamento como uma problemática e constantemente insatisfatório. O autor discorre sobre os diferentes aspectos de se relacionar com um Deus amoroso e invisível. Discursa sobre as diferentes formas de atuação divina na vida das pessoas. Escreve sobre as expectativas do crente e a decepção de muitos que não enxergam, em meio ao sofrimento, a mesma ação divina, por exemplo, descrita nas promessas dos Salmos. Pessoas que tentaram encontrar no mundo atual os mesmos sinais da presença de Deus encontrados nas Escrituras.
Como sempre, Yancey se vale de citações bíblicas e de frases de pensadores cristãos - e também daqueles de vertentes não-cristãs. Discorre sobre as próprias experiências de sucesso e fracasso na fé que exercita e das de outras pessoas também - algumas delas grandes nomes do ativismo cristão.
O livro é meio longo, mas é mais uma grande obra do mesmo autor de Rumores de Outro Mundo e A Bíblia que Jesus Lia, que considero os melhores livros do Yancey que tive oportunidade de ler.
O Deus (in)visível
Philip Yancey
288 pág.
Editora Vida
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